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Presidentes latinos criticam países ricos no segundo dia da Rio+20

Presidente boliviano disse que ambientalismo é usado como arma.
Equatoriano criticou ausência de líderes de países ricos.

  G1, no Rio

Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Corrêa, criticaram os países desenvolvidos no segundo dia de encontro de alto nível da Conferência de Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, nesta quinta-feira (21).
Muito aplaudido, o boliviano abriu seu discurso falando das tradições indígenas e defendeu a nacionalização dos recursos naturais pelo desenvolvimento sustentável. Corrêa, por sua vez, criticou a ausência dos líderes dos países ricos.
Bolívia
Morales criticou os países desenvolvidos e o capitalismo. "Capitalismo é uma forma de colonialismo. Mercantilizarmos os recursos naturais e é uma forma de colonialismo do países do sul, que sobre seus ombros carregam a responsabilidade de proteger o meio ambiente, que foi destruído no norte", disse.
Para Evo, o ambientalismo é usado como arma do sistema capitalista. "O ambientalismo capitalista é uma forma de compromisso predatório, porque o compromisso de países de preservar a natureza para o futuro é algo imposto aos países pobres, enquanto os ricos se esforçam na destruição comercial do meio ambiente."
"Nos querem criar um mecanismo de investimento para monopolizar e julgar nossos recursos. Acreditam que estão punindo o uso desses recursos com argumentos ambientalistas e as instituições são submissas, de modo que abrimos mão dos nossos recursos naturais para eles. Como o capitalismo promove o mercantilismo, o capitalismo da biodiversidade a torna em negócio. A vida não é um direito, é apenas mais um negócio para o capitalismo," afirmou.
Para ele, os países precisam "se defender", nacionalizando seus recursos.
O presidente boliviano citou o ex-presidente de Cuba Fidel Castro, a quem chamou de "um homem muito sábio".
Morales esteve no Riocentro também na quarta-feira (20), onde foi visto andando pelos corredores e almoçando na praça de alimentação comum do centro de convenções.

Equador
O presidente do Equador também criticou o capitalismo. "A raiz da crise na Europa e EUA, em parte, tem a ver com uma mudança do sistema. O problema são os mercados que administram o sistema, precisamos ter a sociedade governando", disse.
"Ontem uma jovem disse 'tomara que não venhamos aqui para salvarmos nossa cara, mas sim nosso planeta'. Bom, o grupo dos 20 mais ricos no mundo se reuniu no México e 80% não vieram a esta conferência. Para eles não é importante e continuará sendo pouco importante enquanto não mudar essa relação de poder."
Corrêa também pediu mais comprometimento com a sustentabilidade. “Temos que ir além para que possamos reduzir as emissões e preservar nosso capital natural”, disse. “É imprescindível uma mudança no que entendemos por desenvolvimento. O que nós buscamos: um modelo de consumo de um nova-iorquino? Assim vamos precisar de cinco planetas para dar conta do consumo. Temos mudar a noção de desenvolvimento.”

Colômbia
O presidente da Colômbia pediu que as metas para a sustentabilidades sejam adaptadas para a realidade de cada país. “Os compromissos da arena internacional precisam ser traduzidos para nosso país," disse Juan Manuel Santos Calderon.
"Passou da hora de diagnósticos e espero que tenha chegado a hora de alcançarmos metas especificas. Os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) mostram que não estamos aqui em vão. O legado do Rio continua vivo para o beneficio dessa geração e das futuras.”

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